Após um longo período de pausa, o horto medicinal está sendo retomado no Núcleo Coração Sagrado pela dedicação do Setor Saúde e Cura e dos colaboradores da Comunidade-Luz Figueira, filiada à Fraternidade - Federação Humanitária (FFHI).

A integração de pessoas, animais, vegetais e minerais neste mesmo espaço  já está proporcionando grandes frutos.

O horto foi criado pelo Frei Ameino, para que os estudantes pudessem fazer o processamento das ervas usadas nos atendimentos do Setor Saúde e Cura.

No entanto, este projeto foi suspenso, passando por um ciclo de renovação e transformação, enquanto a Comunidade-Luz aprofundava em novas técnicas e métodos neste setor.

Em 2022, o Núcleo Coração Sagrado retomou suas atividades anteriores e a coordenadora do Setor, Madre María del Huerto percebeu que era momento de reativar o horto medicinal.

Começou-se com a criação de um jardim, mas percebendo a grande demanda, a coordenadora trouxe o impulso de retomar o espaço do horto em si.

Madre María del Huerto revela que nunca conversou diretamente com o Frei Ameino sobre o espaço mas, enquanto esteve na Comunidade-Luz Nova Terra teve oportunidade de realizar o plantio e todo processamento das ervas medicinais, conforme os estudos do Frei. Por fim, abre seu coração para nos mostrar que a sementinha deste projeto já estava lá, pois deixou um rico jardim de ervas pelos monastérios por onde passou.

Com o impulso do retorno do horto, Madre María del Huerto começou desenhando o projeto em formas geométricas e em mandalas. Com o empenho de todos os colaboradores que se envolveram em mutirões foi possível materializar este desenho. Segundo a coordenadora do Núcleo Coração Sagrado, Madre Maria Fidélia, “após vários mutirões com irrigação, e o início das chuvas, o reino vegetal se manifestou!”

Hoje, o espaço é mantido pelos colaboradores da Comunidade e é um projeto que está em seus primeiros brotos, apenas iniciando, por isso precisa de mais mãos comprometidas e que tenham afinidade com esta tarefa, para dar continuidade a sua implantação e manutenção. A Madre María del Huerto enfatiza que este é um espaço sagrado " É uma oportunidade única estar ali, e quem mais se beneficia somos nós.”

A produtora de mudas medicinais, Janete Aparecida Bolcato, participa dos mutirões e relata: “A colaboração é mútua porque a natureza é generosa e abundante. Estamos aprendendo com as plantas, principalmente a parte sutil de cura, da qual ainda sabemos pouco.”

A colaboradora destaca que se sente totalmente à vontade com as plantas, e que vislumbra para este projeto um local onde a pessoa entre no horto e faça sua própria cura, caminhando pelos espaços e desenvolvendo sua capacidade de perceber o “chamado” da medicina que precisa para si.

Uma das metas do horto medicinal é de ser uma experiência para o despertar da escuta interna. O projeto também visa suprir e abastecer a demanda de ervas usadas nos tratamentos do Setor Saúde e Cura.

Ali, as pessoas podem caminhar, meditar, orar e silenciar diante das ervas e plantas medicinais, deixando-se serem surpreendidas pela diversidade da vida através dos aromas, cores, formas, abelhas, borboletas e pássaros.

Samantha Mira é outra colaboradora e relata o sentimento de que as plantas nos conectam com o momento presente e nos trazem acolhimento. Ela percebe a energia do espaço, onde “tudo está vivo e pulsando - a natureza nos mostra isso e o reino vegetal se doa totalmente para a cura ininterrupta do planeta e de todos que nele habitam.”

Já são mais de 30 espécies diferentes de ervas plantadas, como: arnica do campo, manjericão, manjerona, babosa, calêndula, arruda, pelargônio, diferentes tipos de menta, bálsamo, e ainda raízes alimentares, usadas como complexos vitamínicos - beterraba, nabo, bardana e outras.

O horto medicinal também ganhou uma extensão com a implantação do bosque, onde foram plantadas mais de sessenta e seis mudas de árvores medicinais. E ainda se expandirá mais, com a materialização de um lago.

Com empenho, alegria e dedicação, o projeto cresce e todas as pessoas interessadas podem fazer parte dele. 

Para colaborar: informacao@comunidadefigueira.org