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22 de abril: Dia Mundial do Planeta Terra

Categoria: Meio ambiente

MUTIRÕES NOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS DAS TERRAS DO SOL: UMA OFERTA EM PROL DO PLANETA TERRA

“Deve ser implantado no Planeta Terra um trabalho de colaboração entre o homem, o reino vegetal e o reino mineral.” – instrui José Trigueirinho, fundador da Comunidade-Luz Figueira.

O Dia da Terra foi criado em 22 de abril de 1970 por um senador norte-americano, como um marco para a criação de uma agenda ambiental. Posteriormente, em 2009, o dia foi instituído como Dia Mundial do Planeta Terra, para conscientização e educação ambiental, e também como estímulo ao manejo consciente dos recursos naturais.

Na Comunidade-Luz Figueira, o cuidado com o meio ambiente tem sido um dos compromissos assumidos desde os primórdios. Foi esse compromisso que impulsionou a criação do Setor Plantios da Comunidade-Luz, em 1989, dois anos após sua fundação.

Os pioneiros trouxeram para o Setor a consciência da importância do trabalho colaborativo entre os homens e os vegetais. Com o passar dos anos, por meio de estudos e trocas com outros produtores, que também trabalhavam com agricultura orgânica e com respeito pelo solo, esse trabalho foi sendo aprimorado e aprofundado com o uso de técnicas sustentáveis.

Baseando o trabalho no princípio da unidade e da colaboração mútua entre todas as espécies da natureza, além de dizer “não” ao uso de agrotóxicos, o Setor Plantios aderiu à proposta de interagir com a terra usando o método da agrofloresta.

Nos sistemas agroflorestais são cultivadas espécies relevantes para a alimentação humana, como milho e feijão (os primeiros grãos cultivados na Comunidade-Luz Figueira), em conjunto com plantas que integram a floresta. As bases da agrofloresta foram implantadas primeiramente na fazenda F2, em 2014, e, posteriormente, nas Terras do Sol, em 2019.

Funções do Setor de Plantios em Figueira - Trigueirinho

Cavar, Semear, Adubar, Irrigar, Podar e Colher

O manejo dos sistemas agroflorestais demandam um trabalho constante e cauteloso.

Renovando os impulsos dos pioneiros da Comunidade-Luz, as manhãs de domingo na área das Terras do Sol são animadas pela presença de jovens moradores da Comunidade-Luz e colaboradores das proximidades e cidades vizinhas, que se unem em mutirões semanais nos núcleos da agrofloresta da área.

A presença dos jovens, como também das crianças que participam, traz dinamismo e alegria para o trabalho no campo.

“Mutirão nas Terras do Sol para mim é pura renovação. É uma área da Comunidade-Luz que tem uma coordenada que nos facilita ampliar um pouco a consciência e a visão para com a natureza. Seja qual for o trabalho, a tarefa que vai ser desenvolvida no mutirão, quando a gente sai, quando termina o mutirão, a gente tem uma energia renovada, e essa energia renovada sinto que ela dura a semana toda. Então, é como se a gente trocasse a energia para dar continuidade nas tarefas cotidianas que a gente tem aqui dentro da Comunidade-Luz.” – relata Rodrigo, jovem de 28 anos, morador da Comunidade-Luz.

Muitos jovens também aproveitam esse momento no campo para realizar uma oferta em prol do planeta

“Participar do mutirão nas Terras do Sol é muito gratificante, porque o contato com a natureza, com os plantios, renova nossas energias, nos faz sentir parte de todo esse processo, de toda a natureza. Então para mim, dedicar algumas horas do domingo nas Terras do Sol me faz sentir muito bem, muito feliz, muito grato, principalmente por saber que todo aquele alimento, que a gente está ali a princípio depositando nossa energia naquele grão, naquele preparo da terra, ele vai servir em algum momento para sustentar o nosso corpo.” – compartilha Álvaro, de 25 anos, jovem colaborador.

Maria do Carmo, de 34 anos, moradora das Terras do Sol e uma das organizadoras dos mutirões, comenta a importância da presença jovem nos mutirões: “A participação dos jovens nos mutirões é de vital importância para nossa Comunidade-Luz, pois com as modernidades, cada vez menos as novas gerações têm a oportunidade de vivenciar o contato com a terra e de aprender a trabalhar com ela. Esses momentos propiciam este contato e a cada mutirão vai se aprofundando este aprendizado. Não podemos deixar de refletir: quem irá produzir os alimentos no futuro? Sendo assim, temos que proporcionar esses momentos que nos fazem despertar para esta reconexão com a natureza, resgatando esta essência dentro de nós, trazendo esta prática para nossa vida diária.”

E finaliza deixando um convite para todos: “Temos percebido como o trabalho com a agrofloresta e com uma agricultura mais sustentável nos dá uma esperança e, se permitimos, vai nos conduzindo a uma reconexão mútua com a natureza. As Terras do Sol os aguarda para este aprendizado de Amor pela natureza!”

Participe!

Assista o vídeo Preservação da Natureza

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